Você sabia que tecnologia pode ajudar a arrumar um emprego?

 

Com os avanços tecnológicos surgem novas soluções para um mercado mais produtivo e lucrativo, o que resulta em profundas transformações, como a extinção de determinados cargos e o surgimento de novas profissões. A chamada Quarta Revolução Industrial já é uma realidade. Enquanto os países estão sentindo os efeitos de maneiras, velocidades e extensões diferentes, está claro que muitos empregos estão desaparecendo ou sendo redesenhados. Isso levanta novas considerações econômicas, legais, éticas e sociais. Uma dessas questões é garantir que a força de trabalho tenha as habilidades necessárias para suportar novas tecnologias. Portanto, fique atento, o avanço da tecnologia vai mudar a dinâmica do mercado de trabalho e até 45% das atividades feitas por profissionais podem ser automatizadas nos próximos dois ou três anos, fazendo com que a tecnologia substitua as tarefas cognitivas e as manuais para que as pessoas possam assumir tarefas não rotineiras e funções mais satisfatórias.


Perícia contábil e corrupção no Brasil

Segundo o dicionário Michaellis, corrupção é a ação de seduzir por dinheiro, presentes etc., levando alguém a afastar-se da retidão; suborno e subornar é induzir a procedimento ilegal ou contrário ao dever, oferecendo dinheiro ou benefícios, em proveito próprio. As definições supra causam ou deviam causar sentimento de repulsa imediata, constante e profunda por sua prática. Numa tentativa de consolidar (no sentido de juntar as partes) tais definições, poderíamos dizer que tudo isso é, tanto para criacionistas como para evolucionistas, uma degradação da raça. O Índice que mapeia a corrupção no mundo, divulgado todo ano, aponta que o Brasil está na posição 96, resultado pior de que em 2016 quando estava na posição 79. O primeiro colocado no Ranking é a exemplo do ano anterior a Nova Zelândia, seguida da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia. O Índice de Percepção de Corrupção 2017 trouxe entranhado em seus resultados dados alarmantes que apontam que 2/3 dos países ranqueados apresentaram notas inferiores a 50 em uma escala de 0 a 100 pontos, ou seja, mais de 120 países em um universo de 180 não atingiram metade do indicador no que tange a corrupção. O Brasil, piorou sua performance em relação ao ano de 2016. Naquele ano obtivemos a nota 40 e neste ano de 2017 37 pontos empatados com Colômbia, Indonésia, Panamá, Peru, Tailândia e a longínqua Zâmbia. O resultado de tanta corrupção, para fugir ao que estamos vendo na imprensa, com desvios milionários, listas infindáveis de políticos, empresários entre outros envolvidos em esquemas. Além de um número crescente de operações da Polícia Federal que a cada dia nos trazem um nome mais sugestivo que outro. A corrupção pode ser mais facilmente entendida por outro relatório desta mesma organização. Segundo Luís Fernando Freitas, boa parte das notícias em jornais referem-se aos escândalos de corrupção no Brasil. O Ministério Público Federal calcula que as perdas se aproximem a de cerca de R$200 milhões por ano. O que todos se perguntam é se existem meios reais para ajudar a combater a corrupção no país. Com esse cenário, o perfil dos profissionais da área contábil também mudou para que a sua atuação seja extremamente estratégica dentro das organizações públicas ou privadas, já que a responsabilidade do profissional é atuar como um guardião das informações geradas. A Ciência Contábil disponibiliza diversas ferramentas para minimizar os riscos de corrupção em uma organização, como a auditoria, que ganhou agilidade com o surgimento do Sistema Público de Escrituração Digital, conhecido como SPED Fiscal, desenvolvido para o cruzamento de dados da Escrituração Fiscal Digital e das Notas Fiscais Eletrônicas. Todas as mudanças auxiliaram para que a identificação de atos ilícitos se tornasse mais célere, melhorando o controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações. Ainda existem uma série de outras técnicas de auditoria que ajudam a identificar os sinais de corrupção, tais como: roteiros de caixa, amostragem aleatória, parâmetros estatísticos, sinais exteriores de riqueza, sistema de controle interno inadequado, alta rotatividade nas contas bancárias, conflito de interesse entre acionistas e administradores, histórico de denúncias, problemas relativos à publicação dos relatórios contábeis, rentabilidade abaixo da média do segmento de mercado, significativas operações realizadas sem licitação, ajustes excessivos na contabilidade, falta de comunicação aos órgãos competentes como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Bolsa de Valores. Fernando de Jesus em sua tese que tratou da análise de crimes financeiros (colarinho branco, corrupção), que segundo o autor, são os que têm mais dificuldades de produção de prova objetiva. Ou seja, se há dificuldade em encontrar prova objetiva, que dirá da prova subjetiva ou da prova testemunhal, ou de outras informações ligadas a testemunho, informações colhidas de outras pessoas de uma forma geral. Então a probabilidade de condenação de um indivíduo acusado de crime de colarinho branco se torna muito baixa, levando em consideração que no Brasil, a taxa média de solução de crimes de homicídio, que é o crime mais grave contra a sociedade, é de apenas 8%, ou seja, só se condena 8 em cada 100. Que dirá dos crimes de colarinho branco. Para lidar com os crimes de corrupção, o doutor Fernando de Jesus sugere a ideia de se trabalhar com o modelo de inteligência jurídica. Para ele, a hipótese de solução seria trabalhar com o modelo de inteligência jurídica. A inteligência jurídica é a maneira de você, antes de prosseguir uma determinada justificação, planejar, estruturar, discutir, e preparar a apresentação das provas, o relatório do inquérito e do processo de forma mais substancial, dando melhores possibilidades para que o juiz sentencie com mais fundamentação. A perícia contábil, outra forma de identificar sinais de corrupção, desde que realizada por um perito contador experiente e que atue dentro de todos os trâmites regidos pela ética, é uma das ferramentas mais estratégicas na identificação dos esquemas de corrupção, já que suas apurações e laudos podem apontar a evolução de patrimônio injustificado, desvios de recursos públicos e outras operações fraudulentas, como a lavagem de dinheiro. A Perícia Contábil é um meio imparcial de avaliar as questões materiais e de atestar a veracidade de documentos, utilizando procedimentos técnicos e científicos para colaborar na solução das questões a ele apresentadas. A perícia contábil tem o papel de averiguar e comprovar se os recursos podem ter sido declarados e contabilizados sem recolhimento de impostos, ou sem serem escriturados na contabilidade, por exemplo. Nesse sentido, o Ministério Público, assim como outros órgãos públicos, pode solicitar a perícia contábil estatal para auxiliar na comprovação de casos de corrupção, bem como seus investigados podem solicitar para provar inocência. No entanto, outros estudos envolvendo a área forense no mercado brasileiro são necessários, visto que a fraude é um acontecimento que exige atenção por parte das empresas e que há falta de pesquisas neste tema. Sugere-se, como continuidade a esta pesquisa, que sejam realizados estudos semelhantes em um determinado setor da indústria. Estudos comparativos entre as atuações dos contadores forenses e dos peritos contadores, também são pertinentes para definir técnicas a serem utilizadas no combate e/ou na investigação à fraude e com isso reduzir os níveis de corrupção no Brasil.

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